
Microplásticos: como sua empresa pode reduzir o impacto no meio ambiente
Todo Carnaval vem acoplado com a recomendação: use glitter biodegradável! Afinal, não podemos arriscar a contaminação dos rios e oceanos por microplásticos, temos uma responsabilidade.
Entretanto, não é só o querido glitter que deixa o seu rastro: roupas, embalagens e até cosméticos também tem seu peso de poluir o meio ambiente.
Vem entender mais.
Por que se fala tanto de microplásticos?
Os microplásticos são partículas minúsculas de plástico (com menos de 5 milímetros de diâmetro) que se espalham amplamente no meio ambiente. Eles podem ser divididos em duas categorias principais:
- Microplásticos primários: fabricados já em tamanho reduzido. Podem ser usados em cosméticos (microesferas em esfoliantes), glitter, pellets plásticos (usados na produção industrial) e fibras sintéticas liberadas ao lavar roupas feitas de poliéster ou nylon.
- Microplásticos secundários: resultam da degradação de plásticos maiores. Podem ser sacolas, garrafas, redes de pesca e embalagens descartadas, que se fragmentam com o tempo devido à exposição ao sol, vento e água.
Os microplásticos têm mais facilidade de se espalhar por conta do seu tamanho minúsculo e passam pelos sistemas de tratamento de esgoto, alcançando rios e oceanos. E aqui que mora o problema!
Além de poluir o meio ambiente, eles podem ser ingeridos por organismos marinhos, entrando na cadeia alimentar e, potencialmente, afetando a saúde humana.
Alerta para a poluição nos rios da Amazônia
A Bacia Amazônica enfrenta uma crescente ameaça devido à poluição por plásticos. Estima-se que os rios amazônicos recebam cerca de 182 mil toneladas de plástico por ano, tornando-se a segunda bacia hidrográfica mais poluída do mundo. Essa poluição é agravada pelo descarte inadequado de resíduos e pela falta de infraestrutura de saneamento básico em muitas regiões.
A presença de plásticos nos rios afeta diretamente a fauna local. Por exemplo, aves como o japu têm incorporado detritos plásticos na construção de seus ninhos, evidenciando a extensão da contaminação. Além disso, a ingestão de microplásticos por organismos aquáticos pode levar à bioacumulação, afetando predadores no topo da cadeia alimentar, incluindo os seres humanos.
E a poluição por microplásticos não se restringe aos rios. Os oceanos também vêm sofrendo constantemente com essa contaminação.
Estima-se que trilhões de partículas de microplástico estejam presentes nos oceanos, afetando a vida marinha e os ecossistemas. Peixes, moluscos e outros organismos marinhos ingerem essas partículas, que podem causar danos físicos e químicos, além de afetar a saúde humana quando consumidos.
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Saúde em risco: os microplásticos no corpo humano
Recentemente, estudos revelaram a presença de microplásticos em tecidos humanos, incluindo o cérebro. Pesquisas indicam que essas partículas podem atravessar barreiras biológicas e se acumular em órgãos vitais.
Embora os efeitos na saúde humana ainda estejam sendo investigados, há preocupações sobre possíveis danos celulares e inflamações decorrentes dessa exposição.
E de quem é a responsabilidade?
Não apenas do consumidor!
A indústria desempenha um papel crucial na mitigação da poluição por microplásticos. A adoção de práticas sustentáveis, como a substituição de materiais plásticos por alternativas biodegradáveis e o desenvolvimento de embalagens ecológicas, é essencial. Por exemplo, a utilização de bioplásticos derivados de fontes renováveis pode reduzir a dependência de plásticos convencionais.
O IPDEC tem experiência em criar soluções sustentáveis para empresas. A equipe do Instituto utilizou-se de pesquisas das melhores matérias-primas naturais e regionais para criar uma caixa feita por biomateriais e reutilizável para um parceiro do ramo de mobilidade. Além de aprimorar a experiência de unboxing do consumidor, a caixa sustentável reduz o tempo de decomposição e afeta menos o ambiente.
Outras alternativas também podem estar alinhadas a redução de plástico no ambiente. O uso de sistemas de logística reversa, por exemplo, incentiva a reciclagem e o descarte adequado de produtos plásticos, minimizando a entrada desses materiais no ambiente.
Além disso, bioplásticos inteligentes, filtros avançados para máquinas e monitoramento por dados podem ser outras opções inovadoras que a tecnologia pode trazer para seu negócio e gerar impacto positivo para consumidores e o planeta.
Para aprofundar essa discussão e entender a melhor solução para sua empresa, entre em contato com o IPDEC e tenha seu diagnóstico completo.
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